Mercado 22 de Dezembro de 2023

Embalagens plásticas: uma retrospectiva histórica e de olho no futuro

Há mais de 10 mil anos, as embalagens começaram como simples envoltórios de folhas de árvores, crânios de animais e recipientes de argila. Ao longo das eras, materiais como vidro, couro, papel e metal foram explorados para esse propósito. No entanto, foi somente após as guerras mundiais, por volta de 1945, que a história das embalagens testemunhou uma revolução significativa com a introdução do plástico.

O surgimento do plástico marcou uma mudança radical na forma como embalamos, transportamos e armazenamos produtos. Esse material versátil e moldável não apenas facilitou a vida cotidiana, mas também teve um impacto profundo na sociedade e na indústria. 

À medida que exploramos a evolução das embalagens, é fundamental compreender o contexto e a importância do plástico, que continua a transformar o cenário das embalagens, introduzindo novas possibilidades e desafios que moldam o futuro dessa narrativa em constante evolução.

Há quatro décadas, quando a Polo Films ainda estava nos seus primórdios, o plástico já ocupava um espaço predominante na sociedade, sendo sinônimo de conveniência e inovação. 

Sua produção estava intrinsecamente ligada a materiais como polietileno e polipropileno, contribuindo para a proliferação de embalagens descartáveis e uma mentalidade de consumo efêmero. Contudo, ao longo desses 40 anos, testemunhamos uma transformação notável. 

A seguir, confira um resumo da “História da Embalagem: Uma Brevíssima Resenha do Século XX” de Joaquin Fernandez Presas e Patricia Piana Presas disponível aqui.

1940 - 1949: Adaptações na Era da Guerra

Durante a Segunda Guerra Mundial, embalagens plásticas se ajustam à escassez. O uso inovador do plástico cresce, e o design destaca elementos como o "splash". Pós-guerra, a sociedade de consumo impulsiona uma era de ouro para embalagens plásticas.

1950 - 1959: Transformação Plástica nas Embalagens

No final dos anos 50, embalagens plásticas ganham destaque. O crescimento dos supermercados demanda embalagens visuais e práticas, impulsionando o realismo fotográfico. Surge o conceito de "appetite appeal" nas embalagens plásticas, com associações visuais e cores brilhantes, redefinindo a linguagem da embalagem plástica.

1960 - 1969: a modernidade e a arte pop na embalagem plástica

Os anos 60 introduziram a era espacial e alimentos industrializados. O plástico dominou embalagens de fast food, refrigerantes e produtos dietéticos, influenciando hábitos alimentares. A Pop Art, liderada por Andy Warhol, destacou o impacto cultural das embalagens. A embalagem transformou-se em arte e ferramenta de marketing, influenciando a revolução cultural da época.

1970 - 1979: diversidade e funcionalidade nas embalagens plásticas

Os anos 70 viram uma variedade de estilos de embalagem. Tecnologias avançadas, como o "tetrapack", surgiram. O consumo de refeições individuais cresceu, impulsionando embalagens moldadas para sorvetes e iogurtes. Os gregos pioneiramente embalaram iogurtes em potes plásticos. A década culminou em embalagens minimalistas, refletindo as transformações sociais.

1980 - 1989: inovação e formatos diferenciados

Os anos 80 destacaram a embalagem como veículo de venda integrado à concepção de marca. Avanços na tecnologia de moldagem de plástico permitiram formatos inovadores. Embalagens com formatos distintos, como caixas de chocolate em formato de som portátil, expressaram a criatividade da época. Após a dominação das latas de alumínio, garrafas de vidro voltaram, enfatizando qualidade e valor percebido.

1990 - 1999: contrastes e inovações nas embalagens plásticas

Os anos 90 refletem o consumismo extremo com produtos similares e embalagens extravagantes. A crescente preocupação ambiental impulsiona embalagens recicláveis e/ou biodegradáveis. Variedade excessiva, tamanhos maiores e consumismo internacional marcam a década. Embalagens minimalistas ganham destaque, especialmente para o público infantil, com brindes colecionáveis e cores vibrantes.

Tendências e desafios

No início do século XXI, as embalagens continuam inovadoras. Incorporando elementos de outras áreas, respondem a tendências culturais. Campanhas de marketing se baseiam em embalagens, que se tornam mídia dirigida aos consumidores. 

O futuro das embalagens é influenciado por questões como e-commerce, meio ambiente, reciclagem e globalização. Tendências incluem embalagens integradas à marca e designs mais simplificados.

Na virada do milênio, a tecnologia e pigmentos oferecem novas possibilidades. Embalagens integradas, como tampa e frasco, e rótulos "no label look" são tendências. Cores não usuais e tintas luminosas proporcionam destaque aos produtos. O design de embalagem é visto como crucial para conquistar e manter posições em um ambiente competitivo.

O setor de embalagens no Brasil experimenta um crescimento significativo, com destaque para embalagens plásticas e metálicas. O PET e as latinhas de alumínio lideram o desenvolvimento. 

A indústria de embalagens contribui com 1,3% do PIB nacional e ultrapassa 11 bilhões de dólares em faturamento anual. O cenário destaca a importância das embalagens na comunicação eficaz e responsável com os consumidores.

Embalagens flexíveis de BOPP, história, tendências e Polo Films: um case de sucesso no relacionamento com o plástico

A sustentabilidade emergiu como um imperativo, impulsionada por crescente consciência ambiental e demanda por práticas mais responsáveis; o paradigma da fabricação de plástico passou por uma mudança significativa, com avanços em polímeros biodegradáveis e materiais recicláveis. 

A sociedade, antes dependente de plásticos de uso único, começou a repensar seu relacionamento com esse material onipresente. Inovações tecnológicas permitiram a criação de plásticos mais eco-friendly, abrindo caminho para uma visão mais sustentável da indústria.

Atualmente, o mercado do plástico reflete uma dualidade intrigante. Por um lado, a demanda persiste, impulsionada por sua versatilidade, leveza e acessibilidade. 

Por outro lado, a sustentabilidade se tornou um fator determinante. Empresas e consumidores agora buscam alternativas biodegradáveis, recicláveis e de baixo impacto ambiental. Esse movimento em direção à responsabilidade ambiental não apenas redefine as práticas de produção, mas também influencia as expectativas do consumidor.

MERCADO E EVOLUÇÃO DAS EMBALAGENS PLÁSTICAS 

Com esta história muito marcada por transformações no mercado e na sociedade, o cenário atual do mercado do plástico é marcado por uma transição gradual para embalagens mais sustentáveis, materiais reciclados e uma mentalidade de economia circular.

A indústria, a exemplo da Polo Films, está se adaptando, investindo em pesquisa e desenvolvimento para oferecer soluções que reduzam o impacto ambiental do plástico. A sustentabilidade não é apenas uma tendência, mas um imperativo ético e econômico, moldando a forma como concebemos e utilizamos o plástico na contemporaneidade.

E nossa jornada de mais de 40 anos representa não apenas uma evolução na fabricação de filmes de BOPP, mas também uma transformação fundamental na maneira como percebemos e valorizamos a sustentabilidade no contexto do plástico, um material que mudou completamente a vida das pessoas. 

E buscamos sempre levar esta conscientização adiante, através de nossos colaboradores e nossos posicionamentos e ações, que envolvem muitas pesquisas e investimentos em tecnologia.

O BOPP (polipropileno biorientado), assim, também se destacou como um material relevante, sendo amplamente utilizado em embalagens devido à sua transparência e resistência. Ele assumiu um papel crucial no mercado de embalagens flexíveis por suas características diferenciadas.

Reconhecido por sua transparência e resistência, o BOPP oferece uma alternativa viável, combinando funcionalidade e eficiência. Sua aplicação em uma variedade de produtos ressalta não apenas sua versatilidade, mas também seu impacto significativo na indústria de embalagens.

No entanto, ao considerarmos o cenário atual de reciclagem, é evidente que há desafios a serem superados. 

Apesar do potencial do plástico em ser reciclado e reintegrado à cadeia produtiva, a eficiência dos processos de reciclagem ainda é uma área crítica de melhoria. 

Segundo dados do Banco Mundial, apenas cerca de 9% dos 8,3 bilhões de toneladas de plástico produzidas globalmente foram recicladas até o momento. Essa lacuna entre a produção de plástico e as taxas de reciclagem destaca a necessidade urgente de aprimorar e expandir os sistemas de reciclagem.

É imperativo reconhecer que o plástico, em si, não é o vilão para o meio ambiente, mas sim a gestão inadequada de seu ciclo de vida. A ausência de sistemas de reciclagem eficazes contribui significativamente para a poluição plástica. 

A conscientização sobre a importância da reciclagem e investimentos em infraestrutura são fundamentais para reverter esse quadro. Iniciativas governamentais e empresariais que promovam a coleta seletiva e a reciclagem de plásticos desempenham um papel crucial nesse contexto.

Ao longo de toda a história do plástico, é essencial perceber que o desafio ambiental associado a ele não reside no material em si, mas na forma como gerenciamos seu ciclo de vida. 

A implementação de práticas de reciclagem mais eficientes, juntamente com inovações contínuas, pode transformar a percepção do plástico e abrir caminho para um futuro mais sustentável.

ESG, sustentabilidade e plástico: uma relação antiga

É impossível falar de mercado hoje em dia sem falar de ESG, especialmente sobre o mercado do plástico. 

Afinal, a história do plástico e a ascensão do ESG estão entrelaçadas de maneiras complexas, refletindo mudanças sociais e ambientais ao longo do tempo. O plástico, desde sua criação em meados do século XIX, desempenhou um papel fundamental na revolução industrial e na evolução das embalagens, tornando-se onipresente em produtos do cotidiano.

Contudo, à medida que a produção de plástico cresceu exponencialmente, tornou-se evidente o impacto ambiental negativo, especialmente no que diz respeito à poluição plástica nos oceanos e à resistência à degradação. Esse cenário despertou a atenção para questões ambientais, e o plástico tornou-se um símbolo dos desafios enfrentados pelas indústrias em relação à sustentabilidade.

O surgimento do ESG como um conjunto de critérios de avaliação empresarial reflete a crescente preocupação da sociedade com questões ambientais e sociais. As empresas, incluindo aquelas no setor do plástico, passaram a ser avaliadas não apenas por seu desempenho financeiro, mas também por suas práticas ambientais, tratamento de funcionários e transparência nas operações.

O movimento ESG influencia diretamente as estratégias das empresas, incluindo as de plástico, incentivando a busca por alternativas sustentáveis, a implementação de práticas de fabricação mais limpas e a gestão responsável dos resíduos plásticos. 

Empresas comprometidas com o ESG buscam soluções inovadoras, como é o caso de produtos como o b-flex da Polo Films, por exemplo. 

Além disso, a governança corporativa, um dos pilares ESG, trouxe uma nova ênfase na responsabilidade e transparência na gestão das empresas do setor do plástico. 

A necessidade de gerenciar riscos relacionados à reputação e regulamentações ambientais incentivou uma abordagem mais ética e sustentável na produção de plástico.

A história do plástico e a ascensão do ESG destacam a necessidade de equilibrar inovação e praticidade com responsabilidade ambiental e social. 

À medida que o ESG continua a moldar as expectativas dos consumidores e investidores, as empresas do setor do plástico enfrentam o desafio de transformar suas práticas para se alinharem com uma visão mais sustentável do futuro.

E, neste sentido, a Polo Films se coloca como exemplo de práticas responsáveis, que envolvem todo o seu time e fazem parte, constantemente, de seu planejamento. 

Nós temos orgulho de nossas ações ESG, que você pode conhecer clicando aqui, e temos a convicção de que, pelos próximos 40 anos, estaremos de olho nas tendências e investindo em tecnologia e, principalmente, em pessoas. 

Porque aqui nós inspiramos pessoas que mudam o futuro, há mais de 4 décadas.