Sustentabilidade 16 de Outubro de 2020

Sustentabilidade e o uso consciente do plástico

Em nosso último artigo, apresentamos alguns dos benefícios das embalagens plásticas flexíveis e o quanto é o importante a indústria inovar em seus produtos para alavancar seus resultados. Apesar da série de vantagens, ainda existem grandes desafios para o setor de embalagens, sendo o principal deles o desenvolvimento de produtos sustentáveis. A sustentabilidade tem se mostrado uma tendência importante nos últimos anos, afinal, à medida que os consumidores se tornam cada vez mais atentos a este tema, cresce a preocupação sobre como o plástico está afetando o meio ambiente.

Hoje, o plástico passou a ter um valor essencial no cotidiano das pessoas, especialmente quando o assunto é proteger alimentos, reduzir o desperdício e garantir acesso a medicamentos e itens de higiene e limpeza, pessoal e doméstica. Estes fatores, bem como uma mudança na preferência do consumidor por embalagens sustentáveis, têm contribuído para o crescimento do setor. Segundo a Markets and Markets, o mercado global de embalagens plásticas sustentáveis ​​deve crescer de US$ 89 bilhões em 2020 para US$ 117,3 bilhões em 2025.

Como já mencionamos, inovação e tecnologia são grandes aliados da indústria para se adequar às novas demandas do mercado. Já existem diversas iniciativas para  mapear o ciclo de vida das embalagens flexíveis, o estímulo à coleta e recuperação das embalagens, a investigação de novos materiais, como estruturas compostáveis ​​e de base biológica, além de tecnologias de processamento aprimoradas, entre outros mecanismos, contribuem diretamente para promover a sustentabilidade de forma integrada. Além disso, vale ressaltar que o descarte correto e a reciclagem continuam demonstrando uma importância vital para o setor. É por meio delas que o plástico adquire duas características essenciais: não se tornar nocivo ao meio ambiente e gerar novas fontes de renda. 

Reciclagem do plástico e outras tendências

Um estudo realizado pela MaxiQuim e encomendado pelo PICPlast, em parceria da ABIPLAST e da Braskem, mostrou que em 2018 o país gerou um total de 3,4 milhões de toneladas de resíduos plásticos. Desse volume, 991 mil toneladas tiveram como destino a coleta seletiva, cooperativas, centros de triagem e sucateiros. E, apesar de 234 mil toneladas ainda se perderem no processo e ter como destino os aterros, o volume total de resíduos plásticos pós-consumo reciclados mecanicamente em 2018 foi de 757 mil toneladas.

A aposta na reciclagem do plástico não se tornou apenas algo irreversível. É, também, uma garantia de boas oportunidades. Cada vez mais este material reciclado conta com maior valor agregado, ganhando destinação a outros segmentos, o que resulta em uma considerável ampliação de seu valor comercial e minimizando os impactos ao meio ambiente.

Assim, graças às pesquisas e ao investimento em inovação, embalagens plásticas flexíveis sustentáveis tem ganhado espaço e se mostrado benéficas para empresas, consumidores e para a natureza. Ainda há muito o que fazer, mas é cada vez maior a conscientização da cadeia produtiva quanto à necessidade de se investir em produtos e processos que economizem energia, diminuam o uso de recursos naturais e permitam a reciclagem, dentro do conceito de economia circular. Ou seja, promover a sustentabilidade é obrigação de todos, inclusive da indústria.

Já existem algumas iniciativas e tendências que, apesar de simples, podem gerar grandes impactos positivos e contribuir para um mundo mais sustentável:

  • Gestão voltada à ecoeficiência: Há um campo bastante abrangente no desenvolvimento de atividades produtivas com o uso mais eficiente de recursos, gerando uma economia no uso de matérias-primas e de insumos.
  • Ecodesign de produtos: estão em alta os produtos amigáveis ao meio ambiente (environmentally friendly) como bioplásticos derivados de fontes renováveis. A preocupação ecológica começa já na concepção do produto, levando em conta os fatores de sustentabilidade para que se utilize o mínimo de recursos naturais e que o produto final facilite o transporte e que seja de fácil descarte, reaproveitamento e reciclagem.
  • Análise do ciclo de vida dos produtos: mensurar e avaliar os impactos ambientais do seu produto também é um caminho para adotar a sustentabilidade. Com isso, você rastreia as consequências geradas no meio ambiente a partir da fabricação de um produto. Para isso, o principal recurso é a Análise de Ciclo de Vida (ACV), que possibilita avaliar o impacto ambiental total de um produto em todas as suas etapas produtivas, desde a extração de matérias-primas até a gestão de resíduos no pós-consumo.
  • Gestão do pós-consumo: o tratamento adequado das embalagens após o uso final dos produtos é uma das principais questões quando se trata de sustentabilidade. Reciclagem é um dos grandes temas da cadeia do plástico pela constatação de seus benefícios ecológicos, sociais e econômicos, incluindo o potencial de rentabilidade para recicladores e transformadores.
  • Economia circular: propõe maneiras sustentáveis de exploração dos recursos naturais, processamento, produção de bens e serviços e o consumo responsável. Diferente da economia linear, na qual um produto perde a utilidade após o uso, a economia circular visa ao aumento da vida útil de produtos ou insumos anteriormente descartados, através de estratégias como o descarte adequado, a reutilização e a reciclagem.
  • Compromissos voluntários e parcerias com a sociedade: Governos, empresas, colaboradores, parceiros e sociedade devem estar em sinergia para que as estratégias de sustentabilidade da empresa sejam viáveis, eficazes, impactantes e bem sucedidas. A Polo Films, por exemplo, é apoiadora do Tampinha Legal, um programa socioambiental de caráter educativo organizado pela indústria de transformação de plásticos do Brasil. A iniciativa coleta tampinhas de plástico que seriam descartadas no lixo para direcioná-las à reciclagem e ganhar nova utilidade. Além de garantir o destino adequado a milhares de tampinhas plásticas, o projeto gera recursos financeiros a diversas entidades assistenciais.

E você, o que você acha da sustentabilidade aplicada à indústria do plástico? Sua empresa tem adotado princípios de sustentabilidade? Deixe sua mensagem nos comentários!